FAÇA BONITO: JOAQUIM PIRES NA LUTA CONTRA EXPLORAÇÃO SEXUAL DE CRIANÇAS E ADOLESCENTES.

O Centro de Referência de Assistência Social – CRAS, em parceria com a
Secretaria Municipal de Assistência Social, Conselho Tutelar, NASF e as escolas
municipais e estaduais, realizou na manhã de hoje (18/05), uma caminhada saindo da
Praça 28 de Dezembro seguindo pelas principais ruas da cidade.
Nesse 18 de maio “FAÇAMOS BONITO” na luta pelos direitos das crianças e
adolescentes, incentivou a Assistente Social Joseane Albuquerque
e os demais colaboradores a fazer uma caminhada para chamar atenção da
sociedade para assumir a responsabilidade de prevenir e enfrentar o problema da
violência sexual praticada contra crianças e adolescentes no município.
História
Em 1973 um crime bárbaro chocou o Brasil. Seu desfecho escandaloso seria
um símbolo de toda a violência que se comete contra as crianças.
Com apenas oito anos de idade, Araceli Cabrera Sanches foi sequestrada
em 18 de maio de 1973. Ela foi drogada, espancada, estuprada e morta por
membros de uma tradicional família capixaba. O caso foi tomando espaço na
mídia. Mesmo com o trágico aparecimento de seu corpo, desfigurado por ácido, em
uma movimentada rua da cidade de Vitória (ES), poucos foram capazes de
denunciar o acontecido. O silêncio da sociedade capixaba acabaria por decretar
a impunidade dos criminosos.
Os acusados, Paulo Helal e Dante de Brito Michelini, eram
conhecidos na cidade pelas festas que promoviam em seus apartamentos e em um
lugar, na praia de Canto, chamado Jardim dos Anjos. Também era conhecida a
atração que nutriam por drogar e violentar meninas durante as festas. Paulo e
Dantinho, como eram mais conhecidos, lideravam um grupo de viciados que
costumava percorrer os colégios da cidade em busca de novas vítimas.
A capital do estado era uma cidade marcada pela impunidade e pela
corrupção. Ao contrário do que se esperava, a família da menina silenciou
diante do crime. Sua mãe foi acusada de fornecer a droga para pessoas
influentes da região, inclusive para os próprios assassinos.
Apesar da cobertura
da mídia e do especial empenho de alguns jornalistas, o caso ficou impune.
Araceli só foi sepultada três anos depois. Sua morte ainda causa indignação e
revolta.
Lei:
Lei 9.970 – Institui o Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração
Sexual Infanto-juvenil
Art. 1º. Fica instituído o dia 18 de maio como o Dia Nacional de Combate
ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes.
Mobilização
para a data
O dia 18 de maio foi instituído em 1998, quando cerca de 80
entidades públicas e privadas, reuniram-se na Bahia para o 1º Encontro do Ecpat
no Brasil. O evento foi organizado pelo Centro de Defesa de Crianças e
Adolescentes (CEDECA/BA), representante oficial do Ecpat, organização
internacional que luta pelo fim da exploração sexual e comercial de crianças,
pornografia e tráfico para fins sexuais, surgida na Tailândia. O encontro
reuniu entidades de todo o país. Foi nessa oportunidade que surgiu a ideia de
criação de um Dia Nacional de Combate ao Abuso e Exploração Sexual
Infanto-Juvenil.
Símbolo
A
campanha tem como símbolo uma flor, como uma lembrança dos desenhos da primeira
infância, além de associar a fragilidade de uma flor com a de uma criança. O
desenho também tem como objetivo proporcionar maior proximidade e identificação
junto à sociedade, proximidade e identificação com a causa.
Esse
símbolo surge durante a mobilização do Dia Nacional de Combate ao Abuso e
Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes de 2009. Porém, o que era para ser
apenas uma campanha se tornou o símbolo da causa, a partir de 2010.
Para alcançar esse
objetivo, é necessário que a sociedade em geral Faça Bonito na proteção de
nossas crianças e adolescentes.
Fonte: Faça Bonito.